Tradicionalmente, o dia 7 de setembro é marcado por manifestações. Este ano, não será diferente. Atos irão acontecer em todo o país e a Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Santa Catarina não estará de fora. A mobilização deste ano será por saúde, comida, moradia, trabalho, renda, democracia e pelo #ForaBolsonaro, sendo que uma das bandeiras também gira em torno da lembrança de que a “vida deve estar em primeiro lugar.”
Em Florianópolis, está programada uma passeata a partir das 15h, com concentração a partir das 14h, no Largo da Alfândega. Também está confirmada uma manifestação em Joinville, às 14h, no Parque da Cidade (Setor Sambaqui, próximo à Ponte do Trabalhador) e, outra, em Timbó, às 10h, na Praça Frederico Donner (em frente à antiga Thapyoca-Timbó). Haverá mobilizações em outras cidades, mas ainda não estão confirmadas.
A presidente da Fetessesc, Maria Salete Cross, destaca que a participação de todos é imprescindível para que o governo federal perceba que a população brasileira não aguenta mais tanta irresponsabilidade. “São milhares de mortes promovidas por esse governo genocida e, como se não bastasse toda essa tragédia, Bolsonaro gera tensão cotidianamente entre as instituições, ameaçando a democracia e gerando ainda mais instabilidade no país”, desabafa.
#7S
#7SForaBolsonaro
Veja abaixo a Nota da Coordenação Nacional do Grito dos Excluídos e das Excluídas:
Nota da Coordenação Nacional do Grito dos Excluídos e das Excluídas
Nesses 27 anos de história, o Grito dos Excluídos e das Excluídas mudou a cara do 7 de Setembro e da Semana da Pátria, chamando o povo para descer das arquibancadas dos desfiles cívicos e militares e participar, ativamente, na luta por seus direitos, nas ruas e praças, nos centros e nas periferias de todo o Brasil. Para ecoar seus gritos de denúncia e de anúncio de um projeto de país mais justo e igualitário, na defesa da dignidade da vida em primeiro lugar.
Estar nas ruas é um ato democrático e, na Semana da Pátria, é um tempo favorável para seguirmos firmes nessa defesa.
O Grito dos Excluídos e das Excluídas é um processo de construção coletiva, é muito mais que um ato. Por isso, nossa luta não se encerra no dia 7 de Setembro. Nossa luta é uma maratona, não é uma corrida de 100 metros. O Grito é uma manifestação popular carregada de simbolismo, espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas da população mais vulnerável.
Estamos vivendo um momento de crises – social, ambiental, sanitária, humanitária, política e econômica – sobretudo causadas pela ação nefasta de um governo genocida, negacionista e promotor do caos que visa principalmente destruir, de qualquer forma, a democracia e a soberania do nosso país.
O que nos motiva a gritar em 2021?
- As quase 580 mil mortes pela COVID-19, muitas das quais poderiam ter sido evitadas;
- A corrupção na negociação de compra e distribuição das vacinas contra a COVID-19 (CPI);
- O desmonte da saúde pública (SUS);
- A carestia e a fome que voltaram com tudo e assolam as camadas empobrecidas da população;
- O desemprego;
- O desvio do dinheiro público, através do orçamento federal, para o pagamento de juros da dívida pública, ao invés de investir em políticas sociais;
- A falta de moradia, que se agrava com os despejos criminosos;
- A não demarcação das terras indígenas e o grito profético dos povos indígenas dizendo “Não ao Marco temporal”;
- A denúncia contra o tratamento dado aos povos em situação de rua, seja de qualquer origem, migrantes e refugiados ou deslocados internos, que lutam e resistem por dignidade e cidadania universal no Brasil;
- A cultura do ódio disseminada pelo governo federal e seus aliados que ataca e retira os direitos humanos de mulheres, LGBTQUIA+, negros/as, dos povos originários – Indígenas e Quilombolas, das pessoas portadoras de deficiência, do/as trabalhadores/as, dos setores excluídos da sociedade.
Não podemos ficar indiferentes a essa realidade que atenta contra a vida do nosso povo, porque acreditamos que é possível e necessária a construção de um outro modelo de sociedade!
Vamos à luta por um país verdadeiramente independente!
Sem genocídio da população pobre, negra e indígena, com justiça social e oportunidades para que o nosso povo volte a sonhar e ter orgulho de ser brasileiro.
Haverá atos e manifestações conjuntas, do 27º Grito dos Excluídos e das Excluídas com a Campanha Fora Bolsonaro, em todo o Brasil, de forma presencial, onde for possível, e de forma virtual pelas redes sociais.
Orientações sanitárias e de segurança durante as manifestações:
- Manter o distanciamento social recomendado pela OMS e o uso de máscaras e álcool gel;
- Carregar sempre água suficiente para se hidratar durante os atos;
- Não responder às provocações de grupos bolsonaristas;
- Estar sempre em grupos, sobretudo na chegada e na dispersão dos atos;
- Evitar o confronto direto e indireto, manter o foco no tema e lema do Grito;
- Pensar e organizar a segurança durante o processo de construção e realização das atividades (criar grupos de coletivos de advogados/as com o objetivo de garantir proteção jurídica para os/as militantes nas ruas);
- Em caso de abordagem policial, manter a tranquilidade para evitar confronto direto, informando que o ato é pacífico e democrático;
- Em casos de violência, se possível, aproxime-se de pessoas que possam filmar ou fotografar o ocorrido, para servir de prova testemunhal.
Participe!