A tarde desta quarta-feira, 4, foi de muita resistência por parte dos trabalhadores na Assembleia Legislativa do estado (Alesc). Do lado de fora, manifestantes resistiam enquanto eram reprimidos pelos policiais com bombas de efeito moral e spray de pimenta. A pauta em votação era a reforma da previdência dos servidores estaduais, que vai dificultar ainda mais o acesso dos servidores públicos estaduais à aposentadoria. Os deputados aprovaram por 30 votos a 9 em primeiro turno, e 29 votos a 8 no segundo turno, a Reforma da Previdência, que afetará principalmente mulheres e aposentados.
Principais mudanças da reforma:
- aumento nas idades para a aposentadoria;
- novas regras de transição;
- nova fórmula de cálculo para a pensão por morte;
- redução da isenção para o pagamento da contribuição previdenciária por parte de aposentados e pensionistas.
Cerca de 100 mil catarinenses que devem ser impactados com as mudanças nas regras de aposentadorias e pensões. Os aposentados serão duramente afetados. Atualmente, apenas aposentados e pensionistas que tem benefício superior ao teto do INSS (R$ 6,4 mil) recolhe a alíquota de 14% do Iprev. Com a aprovação da reforma, passará a pagar essa alíquota quem ganha mais de um salário mínimo nacional (R$ 1,1 mil).
Profissionais da Saúde
Antes do ato dos manifestantes, houve uma assembleia dos trabalhadores da saúde. Segundo o diretor da Fetessesc, Carlos Borges, que participou da mobilização, “a secretaria da saúde não apresentou proposta de reposição e a categoria decidiu continuar o calendário de mobilização da luta para construir greve se necessário.”
Borges desabafa: “Não podemos seguir aceitando todos estes ataques do governador Moisés. Precisamos da classe trabalhadora unida, principalmente neste momento difícil no qual nos encontramos. É questão de tempo para que esta reforma da previdência chegue também aos municípios catarinenses.”
A presidente da Federação, Maria Salete Cross, se solidariza com a luta dos servidores da saúde do estado de Santa Catarina. “Vamos seguir vigilantes e pressionando os parlamentares para que os servidores municipais não sejam atingidos logo mais.”
Confira as imagens:
Com informações de CUT-SC