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Postado em 2 de novembro de 2014 Por Em Notícias E 2403 Views

Falta de auditores fiscais e negligência com CATs são debatidos em seminário sobre NR32

O seminário “NR32 – mitos e verdades. Um desafio para Santa Catarina” aconteceu na quarta-feira (29/10), em Florianópolis, e contou com a participação de representantes da diretoria da Fetessesc

Você sabia que 9,4% dos acidentes de trabalho acontecem no setor da saúde -e que isso representou, em 2011, 63.306 trabalhadores da saúde feridos? E que, em 2013, foram registradas 545 doenças do trabalho em Santa Catarina? Esses e outros dados foram expostos durantes os debates do seminário NR32 – mitos e verdades. Um desafio para Santa Catarina, que aconteceu na tarde da quarta-feira (29/10) na sede da Secretaria Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), no centro de Florianópolis.

Para quem não sabe, a NR 32 é a norma reguladora que estabelece diretrizes básicas para implantação de medidas de proteção à saúde e à segurança dos trabalhadores da saúde em relação a riscos químicos, físicos, biológicos, ergonômicos, mecânicos e invisíveis (acúmulo de tarefas é o principal exemplo). Na prática, ela registra quais são as condições de trabalho mínimas que devem ser oferecidas pelos empregadores, incluindo capacitação e instrumentos de proteção.

O chefe da Inspeção do Trabalho da Secretaria Regional do Trabalho e Emprego de Santa Catarina (SRTE/SC), Roberto Lodetti, apontou que uma das principais causas dos problemas de fiscalização dos locais de trabalho é que, em Santa Catarina, há apenas 78 auditores fiscais, sendo que somente 70 deles atuam nas fiscalizações e nenhum deles é especializado na NR32.

Uma das principais causas dos problemas de fiscalização dos locais de trabalho é que, em Santa Catarina, há apenas 78 auditores fiscais, sendo que somente 70 deles atuam nas fiscalizações e nenhum deles é especializado na NR32.

Ele enfatizou também que a importância de os sindicatos incentivarem o preenchimento da CAT, que é a Comunicação de Acidente de Trabalho. “Hoje, a maioria das empresas não formaliza o acidente de trabalho”, afirmou. Lodetti também divulgou que, para 2015, as prioridades do planejamento da SRTE/SC serão as três categorias que mais têm registrado acidentes de trabalho: transporte, indústria madeireira e indústria metal mecânica.

Tatiane de Castro, diretora de formação da Fetessesc, avaliou positivamente o evento, que trouxe muitas informações para o encaminhamento de trabalhos na área da saúde do trabalhador na federação e nos sindicatos. “Fomos informados que, a partir da implementação do e-social, as empresas serão obrigadas a registrar os acidentes de trabalho. Então, o Ministério do Trabalho e a Previdência Social poderão acompanhar melhor os registros de CAT e entender porque os trabalhadores estão adoecendo no local de trabalho”.

O evento também foi acompanhado pelo diretor da Federação, José Carlos dos Santos, que comentou sobre os reflexos econômicos de investimentos em segurança no trabalho. “Soubemos que, para cada R$ 1 investido em segurança e saúde do trabalhador, economiza-se R$ 4 em gastos de saúde com o trabalhador acidentado. Ou seja, investir em saúde do trabalhador é economia não só para o governo, mas também para a empresa”, concluiu.

Aos interessados no assunto, está disponível uma cartilha sobre a NR32 disponível online e anexada abaixo da programação, nesta página.

| Escrito por Camila Rodrigues da Silva, assessora de comunicação da Fetessesc

One Response

  1. Parabéns pela bela matéria e ação desta direção.

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