Nesta segunda-feira, 23, a diretoria da Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Santa Catarina (Fetessesc) se reuniu em sua sede para organizar o Encontro Estadual, que será realizado de forma online no dia 15 de setembro e para debater outros pontos que afetam os interesses dos trabalhadores.
O Encontro Estadual irá abordar a conjuntura das profundas transformações do movimento sindical em meio à pandemia e contará com a presença do professor universitário e sociólogo e ex-diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio. Também participarão o presidente da CNTS, Valdirlei Castagna, e o jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap/CNTS, André Luiz dos Santos.
Essa foi a primeira reunião presencial após um grande período de encontros virtuais por conta da pandemia. Os protocolos de segurança garantiram tranquilidade aos participantes, que usavam máscara e álcool em gel durante o encontro.
A presidente da Fetessesc, Maria Salete Cross, abriu a reunião exibindo dois vídeos com o objetivo de ajudar na formação dos diretores. O primeiro, abordou a PEC 32 em uma produção do Brasil de Fato. Já o segundo, exibiu uma entrevista da TVT com a juíza do Trabalho e doutora em Direito do Trabalho, Valdete Souto Severo sobre a nova reforma trabalhista, aprovada pela Câmara, a Medida Provisória (MP) nº 1045.
O diretor de Assuntos da Área Pública da Fetessesc, Carlos Borges da Rosa, fez uma análise de conjuntura destacando os impactos que a PEC 32, da Reforma Administrativa, trará aos serviços e servidores públicos. Para ele, “A proposta faz parte da operação desmonte dos direitos e do Estado de bem-estar social. Foi concebida com base filosófica do estado mínimo (Neoliberal) para desorganizar o Serviço Público, seguindo a lógica de desregulamentar direitos e regulamentar restrições, para possibilitar a implantação da precarização no serviço público. Objetiva, também, ampliar o espaço para perseguição política e extinção de cargos, carreiras ou até órgãos cuja atuação desagrade ao governo de plantão, sem a necessidade do aval do Legislativo.”
O assessor jurídico da Federação, Abdon David Schmitt Moreira, ao tratar sobre a Medida Provisória (MP) nº 1045, nova reforma trabalhista, assinalou que no momento as atenções devem se voltar para a votação da proposta no Senado federal, única possibilidade de derrotar o texto aprovado pela Câmara, pois pela via judicial é muito difícil. Afirmou também que a pandemia colocou em evidência a importância dos servidores e serviços públicos como o SUS, por exemplo. “É preciso explorar isso agora para lutar por mais conquistas e pela valorização da categoria”, destacou.
Diversos diretores da federação fizeram suas colocações durante o encontro.
Confira as imagens da reunião:
