Via CNTS
Objetivo é criar um movimento de resistência e ampliar o diálogo com os empregadores, parlamentares e governo na defesa da pauta dos trabalhadores
O assessor parlamentar, André Luis Santos, ressaltou o posicionamento do presidente eleito, Jair Bolsonaro, a grande renovação na Câmara dos Deputados e no Senado e a extinção do Ministério do Trabalho como dificuldades a serem enfrentadas pelo movimento sindical. Segundo ele, com a extinção do Ministério, símbolo de resistência e apoio, o novo governo retirou o ambiente de interlocução com os trabalhadores; enquanto no Legislativo a renovação manteve o perfil conservador e houve redução na bancada sindical.
“Temos de criar um movimento de resistência, mudar o foco de atuação e buscar novos interlocutores, quebrando bloqueios e preconceitos. Devemos adotar novos mecanismos de diálogo, inclusive, com parlamentares da base governista, no sentido de defender a pauta dos trabalhadores. E é fundamental que o trabalho de pressão seja exercido, também, pelas bases, nos municípios e estados, junto aos deputados federais e estaduais e aos prefeitos”, orientou Santos.
Os dirigentes da Confederação destacaram a importância da atuação em parceria com os movimentos sociais e listaram os principais impactos negativos da Lei 13.467/2017, da reforma trabalhista, que precisam constar da pauta dos trabalhadores junto aos poderes e nas negociações com os empregadores. Alguns exemplos são a obrigatoriedade de homologação das rescisões contratuais nos sindicatos; salário e jornada; contribuição sindical aprovada em assembleia; trabalho intermitente; local adequado para descanso e alimentação; entre outros temas.A necessidade de se ter uma pauta definida para apresentar ao governo e ao Legislativo foi reforçada pela assessora jurídico-sindical, Zilmara Alencar. “O novo governo está colocando suas propostas e se não nos posicionarmos vai ser mais fácil para eles aprovarem. Temos de apresentar alternativas, de mudar os caminhos e fazer um novo sindicalismo. Vamos atuar olhando a dimensão política, social e jurídica, com base no preceito da dignidade da pessoa humana”, ressaltou.
A discussão de uma pauta comum com a confederação patronal da saúde também foi aprovada, no sentido de fortalecer a luta dos trabalhadores. A diretoria debateu, ainda, sobre questões administrativas.