Via Patrícia Duarte/SITESSCH
Imoral, ofensivo e desanimador. Essa foi a forma que a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Chapecó e Região (SITESSCH) qualificou o valor oferecido pelo sindicato patronal, referente a reposição salarial do trabalhador e da trabalhadora da área da saúde.
O Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) do período (Abril/2016 a Março/2017) fechou em 4,57%. O percentual de 5% oferecido pelos patrões representa ganho real de apenas 0,43%.
No salário-base referente aos técnicos de enfermagem que atuam em alguns hospitais da base do sindicato e recebem R$ 1.371; os 5% representam míseros R$ 68 de reajuste. “Apesar de estar acima do INPC, é um valor que não atende às necessidades dos trabalhadores”, explica a presidenta do SITESSCH, Maria Salete Cross.
Diante da indefinição em reunião e do patronal se negar a marcar outra rodada de negociação, o próximo passo será o de consultar a categoria através de assembleias nos locais de trabalho. Caberá aos trabalhadores decidir os rumos da negociação. “Nossa pauta de reivindicações começa na base e será encerrada por ela”, acrescenta a presidenta.
A diretoria do SITESSCH garantiu a renovação das demais cláusulas da Convenção Coletiva e que o patronal cumpra o Piso Estadual de Salário, que passou de R$1.158 para R$1.235.
A reunião foi realizada nesta quarta-feira (10), na sede da Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Chapecó (MTE). A comissão de negociação do SITESSCH esteve representada pela presidenta Maria Salete Cross, o vice-presidente Fábio Ramos Nunes, a diretora de Comunicação, Vilmair Balduíno Weirich; a segunda-tesoureira Tânia Chiomento Filippin, a secretária geral, Delvina Vedovatto de Souza e a assessoria jurídica do sindicato dos trabalhadores. A negociação foi mediada pelo fiscal do Trabalho, Miguel Taube.