O Departamento Intersindical Estatística Estudos Sócio Econômico (DIEESE) lançou na manhã desta sexta-feira (16/12), o livro Greves no Brasil 2 (de 1968 aos dias atuais), o segundo livro, de cinco, da coleção Por que cruzamos os braços, na sede da Federação dos Trabalhadores no comércio no Estado (FECESC). A Fetessesc participou do lançamento, com a presença do diretor Jânio Silva.
O livros traz entrevistas com 12 dirigentes sindicais que lideraram greves pelo país a partir de 1968. Nesse segundo volume há uma entrevista com Idemar Martini, liderança catarinense, e hoje presidente da Fetiesc (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina) e Paulo Paim, que em 1981 foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas, e hoje é Senador da República.
De acordo com o Supervisor Técnico do DIEESE/SC, José Álvaro Cardoso, a série de livros é necessária como registro histórico. ” Esse registro é muito importante. Nós estamos em um momento que o registro histórico é essencial. Por que messe golpe o que dançou primeiro foi a história”.
Junto ao lançamento do livro o DIEESE promoveu um debate sobre o tema Greves no Brasil. Todas as centrais sindicais foram convidadas, mas somente os representantes da UGT e da CUT tiveram disponibilidade para compor a mesa de debate. O Diretor de Negociação Coletiva e Assuntos Trabalhistas da Fetessesc, Jânio Silva, relatou a complexidade de organizar as greves na saúde, já que diferente do transporte público, a saúde é um serviço que não há interrupção. “Todos os meios trabalhistas possuem particularidades que dificultam a organização de greves. Na saúde, por exemplo, nós já fizemos greves nos hospitais de Florianópolis de muitas maneiras. Já lacramos hospital, proibimos a coleta de lixo hospitalar e até não permitimos que a padaria do hospital não produzisse pão, o que fez com que a secretária de Saúde saísse pela cidade comprando pão para os pacientes”. Explica Jânio Silva.
Os dois primeiros volumes da coleção Por que cruzamos os braços custam R$ 35 cada.