Na segunda-feira (24/03), aconteceu o Encontro de Mulheres CUTistas de Santa Catarina, na Escola Sul, no norte da ilha de Florianópolis, onde foram debatidos diversos temas relacionados aos desafios da emancipação feminina no ambiente sindical e em outras esferas da sociedade – entre eles a participação da mulher na mídia, violência doméstica e parto humanizado.
A Fetessesc esteve presente, representada pela diretora de formação sindical,Tatiane de Castro e pela primeira secretária da Federação Leodália Aparecida de Souza. Também participaram da atividade oito diretoras sindicais da saúde, representantes das regiões de Caçador, Chapecó e Criciúma.
Uma das convidadas foi a deputada federal Luci Choinacki, que foi agricultora na região oeste de Santa Catarina e tem como uma de suas bandeiras de luta contra a violência das mulheres do campo. Ela incentivou todas as mulheres presentes a não desistirem da luta e seguirem ocupando seu espaço no ambiente sindical e em outras esferas da política.
Rosane Bertoti, secretária de comunicação social da CUT, comentou sobre a pesquisa “A imagem da mulher na mídia”, realizada pelo Instituto Patrícia Galvão. Segundo o estudo, a editoria do jornal em que as mulheres mais aparecem é a sessão policial.
Jucélia Vargas Vieira de Jesus, secretaria da mulher trabalhadora da CUT, discursou pela formação de lideranças femininas. “A mulher, assim como o homem, se constrói. Precisamos dar condições e espaço para que a mulher possa desempenhar suas funções, seja como dirigente sindical ou como atuante política”.
Também foi exibido o vídeo “Severinas, as novas mulheres do sertão”, uma reportagem da Agência Pública sobre a vida das mulheres do sertão do Nordeste após o Bolsa Família.
Teve um momento de troca de experiências, e um dos assuntos abordados foi a Lei Maria da Penha. Uma participante relatou que foi à delegacia denunciar violência cometida contra ela pelo marido. Desde então, nunca interrogaram o marido, apenas ela.
Outra participante propôs que se criassem programas de prevenção contra a violência da mulher nas escolas, para evitar que, no futuro, mais homens fossem presos por conta de agressões a suas companheiras.
| Escrito por Camila Rodrigues da Silva – assessoria de comunicação/Fetessesc.