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Postado em 23 de maio de 2016 Por Em Brasil E 1234 Views

Governo Temer estuda flexibilizar leis trabalhistas com a desculpa de aumentar a produtividade

Flexibilizar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Eis o grande propósito por trás do movimento que suspendeu o mandato de Dilma Rousseff, após 13 anos do governo dos Partido dos Trabalhadores. O presidente interino Michel Temer, que viu esta semana seu principal ministro, Romero Jucá, envolvido na Lava Jato, quer impor medidas de sufoco para o trabalhador a partir de junho.

A proposta do governo interino é buscar um aumento de produtividade por meio de acordos coletivos favoráveis ao setor empresarial, como reduzir o intervalo de almoço, por exemplo. FGTS, férias, previdência social, 13º salário e licença-maternidade podem ser negociados de acordo com a necessidade do patrão. Para isto, as negociações coletivas estariam restritas somente à redução de jornada e de salários, ficando de fora normas relativas à segurança e saúde dos trabalhadores.

Um grande retrocesso, como era previsto pelos movimentos sociais que não apoiaram o processo de impeachment. “O foco não era acabar com a corrupção, mas liderar uma proposta conservadora que vai colocar no colo do trabalhador o fardo da conta da crise”, disse o presidente da Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Santa Catarina, Cleber Ricardo da Silva Cândido.

Segundo a mída, o governo estaria debatendo a reforma trabalhista com as centrais, mas sem a participação da Central Única dos Trabalhadores, Conlutas, entre outras entidades que não fazem parte do diálogo por se oporem ao governo Temer. A ideia do Executivo é fazer o projeto avançar no Congresso a partir de junho.

A Fetessesc é contra qualquer proposta de que retire direitos dos trabalhadores. A Federação vai continuar resistindo ao jogo político que quer enfraquecer o movimento sindical. É tempo de resistir ao retrocesso.

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