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Postado em 13 de janeiro de 2016 Por Em Santa Catarina E 985 Views

Análise: quando a crise econômica é usada como argumento para retroceder mais

Nesta quinta-feira, dia 14, centrais sindicais e representantes empresariais sentarão a mesa para mais uma rodada de negociação sobre o piso estadual de salários em Santa Catarina. Em artigo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o economista José Álvaro de Lima Cardoso antecipa o que será usado para travar a compensação ao trabalhador: a crise econômica.

“Elá é uma realidade, até em decorrência da crise política, que vem sendo cuidadosamente alimentada no país. Como se sabe, as esferas econômica e política, são estreitamente interligadas”, escreveu.

O pedido de reposição salarial dos trabalhadores é de 15% para um piso estadual que está em 908,00 em sua 1a faixa, valor apenas 3% superior ao novo salário mínimo nacional. Para se ter uma ideia, uma cesta básica para um adulto, em Florianópolis, com 13 produtos alimentares, já custa R$ 414,12, correspondente a quase 46% do piso estadual atual. “Está se discutindo salários que se situam ao nível da sobrevivência, pois tratam-se de pisos em um padrão salarial que já é muito baixo”, analisa Cardoso.

Na visão do especialista, é preciso aliança entre a classe trabalhadora e os empresários para reverter a crise econômica. “O nível da produção, do emprego e do crescimento dependem das ações que tomarmos agora e nos próximos meses. Todos estamos de acordo que temos que incrementar a produtividade, gerar empregos de qualidade, aumentar a renda média, garantir educação de qualidade, fortalecer a democracia e suas instituições, corrigir e reorientar a política econômica. Não conseguiremos fazer isso pagando salários baixos”, pontuou o economista, que está otimista em relação a 2016 após o aumento superior a 11% do salário mínimo.

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