SAMU

Postado em 14 de novembro de 2014 Por Em Florianópolis, Notícias E 2930 Views

SPDM, que administra o SAMU em Santa Catarina, atrasa salários de outubro

A Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina alega que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) não fez o repasse das verbas

A Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), organização social que administra o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) em Santa Catarina, não pagou os salários do mês de outubro de todos os trabalhadores do Serviço. A alegação é que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) não fez o repasse das verbas.

Se não bastasse ser sucateado e privatizado, jogado aos ratos e servir de garoto propaganda para o governo, agora a administração do SAMU conseguiu a revolta dos seus trabalhadores, que arduamente lutam para prestarem uma assistência mínima à sociedade catarinense. Os nossos bravos guerreiros que lutam no dia-dia contra o trânsito e as precariedades da terceirização agora se deparam como inusitado e malfadado atraso de salários!

Má gestão?

O Sindsaúde/SC estava negociando um acordo coletivo com a SPDM, que atualmente está parado em pontos não onerosos ao contrato, como por exemplo troca de plantões, estabilidade retorno de férias, triênio etc. O sindicato também já havia recebido denúncias de descumprimento de  direitos trabalhistas, como o banco de horas ilegal, o não pagamento dos feriados trabalhados em cumprimento da súmula 444 do TST, não cumprimento da hora de almoço e falta de estrutura de trabalho e pessoal nas bases do SAMU.

A OS iniciou a gestão do SAMU em 2012, recebendo 7 milhões de reais por mês para administrá-lo. Hoje, o valor do contrato ultrapassa 9 milhões de reais, o que representa um aumento de mais de 20% em dois anos de contrato. Antes de ser privatizado, o Estado investia 2,5 milhões de reais no SAMU.

Na época que o SAMU foi privatizado, o Sindsaúde/SC já denunciava o histórico de má gestão dessa OS em unidades de saúde de São Paulo, estado no qual a OS possui dívida de mais de 6 milhões de reais em ações trabalhistas e com credores. A SPDM também administra o Hospital Florianópolis na Capital, que esta semana ficou sem energia por uma hora, pois o gerador não funcionou, prejudicando e pondo em risco a vida dos pacientes internados.

O sindicato notificou a empresa e a SES pelo não pagamento dos salários. Todos os trabalhadores têm direito de receber multa de 10% do seu salário base pelo atraso.

Os trabalhadores realizarão Assembleia Geral no dia 2 de dezembro, às 19h30, no auditório do SindSaúde/SC.  Nesta assembleia, será debatida a cobrança pelo acordo coletivo e os rumos e possíveis mobilizações da categoria.

É consenso entre os trabalhadores que  se as reivindicações não forem  atendidas os serviços podem parar!

| Fonte: SindSaúde/SC

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